Movimento BAMP

 

Entrevista com o Presidente da Junta de Freguesia de Fátima: 25 de Fevereiro de 2010

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Bom, aqui colocaremos a entrevista que fizemos ao o Sr. Presidente Natálio Reis no passado dia 25 de Fevereiro pelas 10.45h. As perguntas que colocámos estão também disponíveis na página inicial. Entre cada uma, é claro que houve outras conversas paralelas, mas o principal está transcrito.

P.S. : a entrevista foi gravada em áudio e passada para papel.


BAMP – No seu entender, quais os principais factores que tornam Fátima atractiva à fixação de novas famílias e consequente aumento populacional?

Presidente da Junta – São diversas, são diversas. A primeira sem dúvida prende-se com o fenómeno religioso, não é? Que com a dimensão que adquiriu, desenvolveu Fátima e ao desenvolver Fátima, desenvolveu-a a nível comercial. Alguma coisa a nível industrial também, principalmente a nível da indústria ligada à construção, à área da construção, e à área dos artigos religiosos também, regionais, o que fez com que houvesse oferta de emprego, havendo oferta de emprego, há fixação das pessoas com este desenvolvimento também o… Temos três colégios de excelente referência como são o CEF, o Coração de Maria e o São Miguel que emprega também muita gente. É, também isso, uma referência a nível regional, o ensino secundário, vamos lá, fez com que Fátima com a sua localização, também, geográfica importante situada junto ao norte principal rodoviário do país se tornasse uma cidade atractiva em termos de captação de novas pessoas para trabalhar e por conseguinte se afixarem. Aliado, também, independentemente de muitas críticas que existam, aliado também a que mesmo em volta de Fátima temos alguma oferta a nível, a nível das infra-estruturas, apartamentos, algumas urbanizações que na nossa volta principalmente nos nossos vizinhos mais juntos, não falamos de Leiria claramente, mas podemos falar de São Mamede, Minde, Mira de Aire, inclusive, temos uma oferta mais qualificada que faz também com que as pessoas de fixem em vez de ficarem nesses lugares. Nós estamos a assistir hoje que há bastante gente, mesmo assim, da redondeza que pela facilidade que Fátima tem nesta oferta estão também a fixar-se cá.

BAMP – No seu entender quais são os factores que poderão afastar outras famílias?

P. J. – O principal, o principal factor prende-se, sem dúvida nenhuma, com, nós não temos uma oferta grande a nível do emprego qualificado seja as pessoas com um elevado grau de formação não encontram em Fátima as saídas profissionais que procuram. E, penso que será a principal, poderá haver outras claramente, e haverá outras, até porque… e podemos falar da atractividade das cidades que é um aspecto importante e claro que Fátima também não é das cidades mais atractivas para viver. É uma cidade calma, pacata, tem uma série de condições enfim, mas há muitos casais hoje que procuram outro tipo de viva, outro tipo de vivência e Fátima, claramente, não obedece a isso. Mas, penso que principal é o não termos neste momento, capacidade de oferecer empregos mais qualificados que possam fixar pessoas mais qualificadas. Eu dou, por exemplo, um exemplo espaço para construir um hospital em Fátima, claramente, isso é uma mais-valia naquele profissional, isso vai claramente fazer com que se fixem, haja mais oferta para empregos mais qualificados que vai torna-la também mais atractiva. São estes os dois factores, que penso mais importantes.

BAMP – Quais as suas perspectivas para o futuro de Fátima?

P. J. – Eu sou um optimista por natureza, e tenho boas perspectivas. Fátima tem em curso um projecto de valorização, que se chama valorização Fátima 2017, com um conjunto de investimentos a nível público que vão tornar Fátima mais atractiva. E, isso, claramente, vai jogar a seu favor em termos de captar mais pessoas para virem viver para Fátima, para se tornar uma cidade em ainda mais agradável. Depois há… tenho uma esperança que aparecerão também mais algumas industrias para, que eu direm sempre ligadas aquilo que é Fátima em si, por isso sempre ligadas à área da construção, à área da logística e da distribuição, inclusive. Fátima tem condições também pela sua situação estratégica a nível de localização, tem condições para que no futuro termos, não esquecendo claramente, que o grande motor será sempre o turismo religioso. E, esse claramente, ainda tenho esperanças que poderá crescer, também mesmo assim temos uma excelente oferta. Mas, esta valorização de Fátima que inclui também a construção de um centro de congressos, que é sem dúvida também importante para atrai novos públicos e, também, contrariar um pouco esta sazonalidade que ainda hoje existe a nível de hotelaria, há por isso estes factores contribuirão sem dúvida para alavancar e promover, ainda mais no futuro o desenvolvimento de Fátima. Por isso Fátima tornar-se mais atractiva, também para fixar e captar outras pessoas a viverem cá.

BAMP – Acha que Fátima está preparada para um grande desenvolvimento a nível de infra-estruturas funcionais?

P. J. – Como por exemplo?

BAMP – O hospital, por exemplo.

P. J. – Claramente, os investidores, aliás temos de notar até aqui que é o investidor privado e o nosso que gostava aqui de realçar, que Fátima tem também crescido bastante para ir dar ao dinamismo empresarial que os empresários têm, porque nós até agora de investimento público muito concreto não temos, e vamos ver os colégios são privados, o hospital irá ser privado. A iniciativa industrial que existe em Fátima é quase toda alavancada por particulares ou empresários individuais, não são alavancados por investimentos públicos. Eu, claramente, acredito que Fátima vai desenvolver precisamente por esta capacidade de iniciativa e empreendedorismo que as pessoas têm, pela sua atractividade geográfica, que é sem dúvida nenhuma importante, próxima do litoral, encostada a estas principais vias de acesso do país. Acredito que nós temos potencialidade para alavancar outro tipo de investimentos do mesmo género deste do hospital, portanto não será só o hospital, o hospital é importante e haverá com certeza outros que nos vão dar impulso. Dou-vos por exemplo que é pouco falado, mas é extremamente importante, já a nível de economia local, que é a indústria de extracção da pedra. Nós muitas vezes nos queixamos que temos um subsolo muito rochoso, etc, mas também é o nosso petróleo, ao fim e ao cabo, ainda que não foi descoberto outro, é a nossa riqueza mais visível a nível de subsolo e a indústria da pedra já obteve muito significativa empregando não só pessoas como no valor acrescentado que representa para a economia local. E, mesmo essa tem condições ainda para evoluir, porque temos ainda uma riqueza bastante grande a explorar e que pode ser explorada mesmo com os princípios e as regras ambientais que hoje são impostas. Ainda tem um potencial de crescimento muito interessante.

BAMP – E, não acha que o investimento público era mais importante em Fátima, visto que há pouco?

P. J. – É isso que estava a dizer. Penso que finalmente haverá alguma maior sensibilidade por parte das estruturas centrais do poder para esta realidade de Fátima. Fátima tem sido sempre olhada sempre pelo poder central um pouco como uma coisa menor e nunca se apercebeu nem se deu valor à dimensão mundial que Fátima tem. Mas, nunca foi olhado como tal. O próprio plano nacional estratégico do turismo, o famoso PNET, olhou Fátima como uma causa menor em relação àquilo que é o turismo. Englobo-o no turismo cultural, mas numa situação muito subalternizada. Estou convencido, que neste momento, há uma nova visão por parte do poder central sobre aquilo que Fátima representa e há disponibilidade embora saibamos que os tempos são de crise e, por conseguinte, não se pode estar a prometer mundos e fundos, nem termos esperanças demasiado elevadas, mas acredito que há condições para que esse investimento público aparecer em maior quantidade e prova disso é a disponibilidade que se tem demonstrado, ou que nós temos pressentido, que há para financiar alguns destes projectos que eu referi, que estão nesta valorização de Fátima 2017.

BAMP – Para si, a Religião representa algum entrave ao desenvolvimento de Fátima, ou pelo contrário, representa um incentivo a esse desenvolvimento? Porquê?

P. J. – É claramente um incentivo. O quê que seria Fátima se não fosse a religião? Não teríamos cá três colégios hoje, Fátima era uma terra de imigração e aquilo que era 1917, a terra mais pobre, a freguesia mais pobre do concelho continuaria a sê-lo. Porque… nós não teríamos aqui a auto-estrada a passar perto, isso não tenhamos dúvidas, a estrada mal passaria em Fátima, se Fátima não fosse o fenómeno religioso que já era, de forma que, eu sei que isto pode às vezes, à sociedade civil ser visto como um entrave, porque quando se pretende, por exemplo, pensar que se podia fazer uma discoteca ali encostada ao santuário, pois é evidente que essas coisas, temos que ter aqui alguma protecção e alguns princípios de protecção ao santuário, sabendo que ele representa a jóia de coroa e como tal, qualquer jóia de coroa tem de ser muito bem guardada, muito bem estimada, muito bem regada para ver se ela não murcha e nós não nos podemos esquecer que o turismo religioso enfrenta desafios, porque também há concorrência nós também temos outros santuários que têm cuidados e, também, planeiam o crescimento e conquistam e tentam conquistar peregrinos, enfim no âmbito da religião. De forma que, todo o cuidado é pouco para que esta jóia da coroa se mantenha e continue a florescer e a dar frutos, porque com isso ganha não só Fátima e ganha a região, mas também o próprio país. Nós não nos podemos esquecer que muitas das pessoas vêm visitar Fátima e depois não acabam por ficar em Fátima, também vão para fora, principalmente Lisboa, Batalha, Nazaré, Leiria vivem muito do turismo de Fátima capta e, de maneira que é claramente uma mais-valia e a nossa jóia da coroa.

BAMP – No seu entender, Fátima carece de infra-estruturas que não correspondem às necessidades culturais da população?

P. J. – Eu aí tenho que dizer que sim, porque nós temos enquanto Junta de Freguesia também voltado bastante pela pressão de ter a nossa casa da cultura de Fátima, que era assim que se devia chamar, ou centro cultural de Fátima ou qualquer coisa dentro desse género mas com esses princípios, onde englobasse, claramente, uma biblioteca, uma galeria de exposições e não tanto um anfiteatro, porque como o centro de congressos aparecerá, mais dia menos dia, mas uma pequena sala que pudesse exibir filmes, que pudesse alguns pequenos espectáculos, aquelas salas polivalentes das 500 pessoas, como sensivelmente tem o CEF. É isso que nós queremos. A Câmara anterior tinha isso como objectivo, depois de teremos conversado o objectivo e inclusivamente numas candidaturas ao QREN, que é o quadro de referência estratégico nacional, o quadro estratégico que está actualmente em vigor pôs um milhão de euros em investimento, candidatou um milhão de euros para a casa de cultura de Fátima e ela seria localizada onde actualmente estão as escolas da Lomba D’ Égua, que vão ser afectadas após os complexos estarem em aberto. Eu tinha grandes esperanças nessa casa de cultura, até porque Fátima, hoje, já tem alguma qualidade de espectáculos que produz internamente, há publico que já começa a estar mais desperto e mais sensível para este tipo de iniciativas. A própria biblioteca, precisamos de uma biblioteca com outra dinâmica, mesmo assim posso dizer que já frequentam a biblioteca anualmente cerca de 8 mil pessoas, que já não é mau para a cidade. Mas, penso que uma biblioteca mais dinamizada e com outras condições, também era importante. Nessa biblioteca de vez em quando colocamos algumas exposições temporárias sem grandes condições e, por conseguinte, não atraímos grandes artistas para lá colocarem as suas obras, porque o espaço não é apropriado. Por isso, a galeria de arte também era muito interessante e sentimos que isso é uma lacuna, só que tenho algum receio, não tenho sentindo que esta Câmara actualmente esteja, porque eu já conversei diversas vezes com o presidente sobre isto e nunca o vi muito sensibilizado para este tipo de projecto. Tenho algum receio que aquelas verbas possam ser canalizadas para outros projectos que eles considerem mais prioritários, e quem manda nisso é Câmara não é a Junta de Freguesia. Eu tentarei que isso não aconteça, mas claro que tenho algum receio porque parece-me que acham outras coisas prioritárias, e claramente, que há sempre prioridades. Mas, eu também considero que a cultura é uma causa prioritária na nossa sociedade, nós sem cultura também não evoluímos e para termos cultura temos que ter um espaço onde possamos ir ver, ir viver, onde possamos ter qualquer coisa. E, neste momento, é uma das coisas que eu noto que faz falta em Fátima.

BAMP – Acha que seria benéfico e viável a projecção de um Centro Cultural para a cidade onde uma galeria para exposição de arte, uma biblioteca e um auditório seriam os espaços fundamentais?

P. J. – Esse é um dos meus objectivos enquanto Junta de Freguesia, aliás à três anos um grupo de Área de Projecto do São Miguel, alunos do 12º ano, também interceptou essa lacuna. E eu fico satisfeito que outros alunos, dois ou três anos depois, voltem a notar que isso é uma lacuna, o que me vai dar forças para reivindicar junto da Câmara Municipal que este é um projecto prioritário e não tão secundário como aquilo que querem fazer crer.

BAMP – Onde seria localizado? Isso já respondeu…

P. J. – Podem haver outras localizações, aquelaque nós tínhamos pensado, até porque o terreno é público, aquele terreno era da Junta de Freguesia foi dado na altura para a Câmara fazer as escolas. Achávamos um local interessante pela sua localização em relação à cidade, central, acessível, com alguma facilidade de estacionamento também. Achamos o local indicado, não quer dizer que não se possa pensar noutro local, mas achamos aquele com interesse. Porque ao desactivar as escolas fica ali um espaço que começa logo a ser pedido para uma associação fazer isto, uma associação fazer aquilo, mas eu que eu fazia ali era um centro cultural.

BAMP – Mais concretamente, e visto que em Fátima não há grande facilidade no aluguer ou utilização dos auditórios existentes, este projecto seria de facto uma mais-valia?

P. J. – Era sem dúvida nenhuma uma mais-valia, principalmente, porque nós temos hoje cada vez mais as pessoas a querem ir à biblioteca, a utilizar as novas tecnologias (internet, etc…). Eu posso vos dizer que nós temos quatro computadores na biblioteca e não temos espaço para colocar mais, mas estão quase constantemente em utilização, é mesmo muito utilizado. Era uma mais-valia, uma coisa que penso que a cidade precisa. Até para próprios espectáculos, posso vos dizer que até à bem pouco tempo uma escola de dança foi fazer a sua apresentação uma escola a Leiria, porque não tinha aqui espaço em Fátima, mas grande parte das pessoas que lá estavam eram de Fátima. Sendo a seguir a apresentação do seu novo espectáculo e mais uma vez foi Leiria e eu lá reparei, novamente, que uma grande percentagem das pessoas eram de Fátima. Ora bem, já há aqui muita gente com um grau cultural. Eu estava a ver isto agora em relação aos sensos que nós fizemos em 2001 e em relação a 1991, eles são feitos de dez em dez anos, reparei na quantidade de pessoas que aumentou a nível do secundário e dos cursos superiores, foi uma percentagem enorme que aumentou. Eu estou convencido que em 2011, quando formos fazer novamente os sensos, vamos reparar que novamente entre 2001 e 2011 houve um grande acréscimo, isto quer dizer que evoluiu a sociedade fatimense e que seria sem dúvida uma infra-estrutura que iria ter utilização e não daquelas coisas que fazem que depois está lá fechada, às moscas. Claramente penso que não. Penso que poderia ser uma infra-estrutura que se podia traduzir numa mais-valia para a população fatimense.

BAMP – Na sua opinião este teria uma utilização frequente ou seria um desperdício de recursos?

P. J. – Eu acredito que teria utilização frequente e depois o próprio anfiteatro não seria uma sala muito grande, teria na casa das 400, por ali entre as 300 e as 500 pessoas, depois devia haver um pouco com o projecto e os custos que implicaria. Mas, acredito que essa sala bem trabalhada, bem divulgada, bem promovida teria uma utilização muito frequente. A própria galeria de exposições, havendo já muitos artistas e alguns com uma dimensão interessante poderíamos ter ali exposições continuas das mais diversas artes plásticas e a nível da biblioteca essa nós já sabemos, já temos um dado, actualmente já há 8 mil pessoas vão à biblioteca de Fátima, claramente num espaço melhor e com outra perspectiva do que pode ser a biblioteca ou café com leite, acho que é uma das coisas que eu achava muito interessante que era ter um pequeno barzinho onde as pessoas pudessem estar sentadas a ler o seu livro com algum confronto. Penso que poder-se-ia captar mais gente e ultrapassar rapidamente as 10 mil pessoas que eu acho que era um objectivo a ter em vista. Não nos podemos esquecer, e acho que é importante repetir que a biblioteca é uma infra-estrutura única e simplesmente suportada pela Freguesia. Nós com os poucos recursos que temos, todos os anos, investimos na biblioteca cerca de 2.500€, a adquirir novos volumes, novos livros para mantermos a biblioteca sempre actualizada. É difícil porque, a decadência das publicações é muito forte, mas estamos atentos aqueles principais, aquelas que o nosso bibliotecário vai vendo que são prioritárias, que vai adquirindo sempre e mantendo sempre um acerto bastante actualizado.

BAMP – E, para si deveria ser cobrado um aluguer ou seria de livre acesso e apenas limitado à calendarização deste?

P. J. – Dependeria das actividades, porque haveria actividades, por exemplo uma associação que pretende-se fazer um espectáculo deveria ter um determinado tipo de acesso a essa utilização. Vamos passar um filme, com certeza que devia ser a pagar. Vamos a um espectáculo mais importante, mais caro em que trouxesse artistas que tivessem custos mais elevados devia ser a pagar. Era uma situação que devia criar um regulamento para a utilização desse espaço, nem sempre gratuito, nem sempre a pagar. Temos de arranjar aí uma forma de apresentação que fosse servindo as necessidades e vamos por exemplo, dar um exemplo, uma casa do povo de Fátima queria fazer um espectáculo de folclore é evidente que não devíamos cobrar a utilização do espectáculo, as pessoas têm entrada gratuitas, mas se a casa do povo fizesse um espectáculo a pagar, aí já poderiam pagar alguma coisa. Seriam situações em que se poderiam analisar, havendo casos que nem sempre a pagar mas nem sempre de borla.

BAMP – Nós também projectámos este auditório na medida em que as pessoas podiam fazer as suas conferências, reuniões. Poderia ser uma mais-valia para Fátima.

P. J. – Claro que sim, mas já há aqui uma oferta muito grande por parte dos hotéis de Fátima com sala para 200 pessoas para reuniões. Mas, nós já temos uma oferta bastante grande mesmo, até porque isto tem uma grande facilidade para este tipo de empresas, que podem almoçar logo ao lado. Quem tem uma casa destas tem que ter a sua estrutura própria em que tem de dinamizar e depois tentar rentabilizar dentro dos possíveis. Sabendo nós que, normalmente, tudo o que é cultural é necessitado, é raro ver qualquer espaço autónomo financeiramente, é evidente que este é o preço a pagar por estas coisas é por isso que digo que nem tudo pode ser de borla, nem tudo pode ser a pagar, há coisas que claramente que têm de ser a pagar. Mas, respondendo a essa pergunta no concreto, é: já existe muita oferta a esse nível a uma empresa que quer fazer uma apresentação de um produto, formação aos quadros. Nós já temos muita unidade de hotelaria em Fátima que tem esses espaços. Quem tiver à frente de uma casa daquelas tem de desenvolver contactos para tornar aquilo muito dinâmico, isso é que é importante.